Londres

A viagem começou por Londres, a pouco mais de um mês. Quem espera encontrar temperaturas mais agradáveis na cidade da rainha Elizabeth II, no final de fevereiro, pode ser preparar, pois tive a sensação que estava no polo norte, especialmente para um goiano!! (noites de -7 graus Celsius e dias quase todos abaixo de 5 graus). Eu achei que estava preparado e a minha previsão estaria certa se não fosse pelos meus pés. Com pouco espaço na mala tive que fazer algumas escolhas e o tênis correto para esse frio, não estava dentro das prioridades. Essa decisão foi baseada nas estações que iria enfrentar ao longo da viagem e agora um mês depois a decisão foi correta. Minha dica, comprar meias de lã, próprias para o frio!

Fiquei na casa de amigos (a Camilla é kiwi, e o Richard, inglês) numa região mais afastada do centro da cidade, Bromley South. A 35 min de trem do centro, pude ver um pouco mais como o cidadão inglês vive e se integra nesta cidade encantadora. A relação que os bairros mais afastados possuem com o campo é incrível: várias quadras com áreas imensas para a criação de cavalos e pequenos animais; mercados locais com poucos turistas mas uma população bastante heterogênea em crenças, cor e hábitos (jovens com cortes de cabelos mais parecido com músicos de rock e senhoras da terceira idade vestidas com uma elegância tiradas de filmes da década de 40).

Desta vez, tive a possibilidade de fazer alguns passeios inesperados: o meu amigo inglês se ofereceu para me buscar no domingo a noite (depois da balada, meia noite em ponto ao estilo britânico) para dar uma volta de carro pelos pontos turísticos da cidade, já que as ruas estariam livres à essa hora. Enquanto “dorme”, a cidade é bastante diferente, com uma iluminação amarela que ressalta a idade antiga dos monumentos e edifícios, o desgaste do tempo, sombras pouco prováveis durante o dia.

Também fiz um passeio diferente que mostrou uma outra forma de conhecer a cidade: um passeio pelo rio Tâmisa. Foi assim: primeiro a visita ao Parque Greenwich e o famoso observatório de astronomia. Lá de cima, uma vista privilegiada de toda a cidade e o palácio da rainha, os edifícios históricos da Marinha (criados com o intuito de mostrar aos navegantes que chegavam do mundo distante a grandeza e poder da frota que um dia dominou os 7 mares) e uma bela visão daquela serpente de água que corta a cidade em vários pedaços.

Não deixe de visitar os museus da cidade. Informe-se pois em alguns dias a entrada é gratuita em todo o museu ou pelo menos em parte do mesmo. Desta visita, fui ao National Gallery (cheguei um pouco atrasado, próximo da hora de fechar, mas consegui ver algumas esculturas muito legais) e ao Tate Modern, que fica numa antiga usina de energia elétrica a carvão, desativada a anos. Esse último passeio tive a oportunidade de ir com um grupo de amigos e um deles é guia turístico por profissão, ou seja, a viagem pelas obras e fatos históricos foi completa!!! Muito obrigado Olek Brigas (que em seguida irá fazer um tour guiado com outro grupo de amigos no Louvre!!!).

Grande parte do meu tempo em Londres estive envolvido com a dança (dessa vez foi apenas forró), entre algumas aulas particulares que fui convidado e várias festas, conheci muita gente de vários lugares e históricos distintos. Tive um sentimento único: estava ali sozinho ouvindo tantas línguas desconhecidas para mim, distante de casa e de quem eu confiava, mas com aquele sorrisão estampado na cara. Em alguns momentos, parecia que conseguia sair do meu corpo e fazer aquela narrativa em terceira pessoa: lapsos de tempo feitos para degustar, como um bom vinho…

 

Nota: selfie tirado no passeio de barco pelo rio Tâmisa

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